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terça-feira, 19 de janeiro de 2021

COMO ALFABETIZAR NESSA PANDEMIA?

 Continuação da entrevista de 26 de agosto de 2020


O Ano letivo de 2021 já está perto de iniciar - pelo menos oficialmente - e as incertezas de 2020 ainda permanecem.

Hoje trago aqui as pertinentes reflexões da professora Luciana Peres, para quem o ano passado foi de intensos aprendizados:


Ce: Como você se percebe/avalia hoje, profissionalmente, depois desse desafio de alfabetizar à distância?

LP: No meu ponto de vista esta questão é bem difícil de responder...
É difícil de avaliar profissionalmente o grande desafio que foi, Alfabetizar à distância: o que passamos, o que vivenciamos, nossos sentimentos, nossas angústias, nossas dificuldades de alcançar todos os educandos de uma forma igualitária, foram tempos onde os educadores precisaram se desdobrar em muitos, se reinventar, sem horários, sem dias fixos para o atendimento de alunos e responsáveis, estar à disposição... tudo no intuito de que os alunos tivessem o máximo de acompanhamento e auxílio do seu professor também.
A alfabetização pra mim é um processo que se faz de várias formas, com vários elementos, o presencial é praticamente obrigatório, necessário, é necessário também o lúdico, é necessário muita paciência e muita repetição, e muito mais, então não foi fácil para nós educadores, pois não tivemos nada disso neste ano letivo...mas tenho certeza que todos os envolvidos tanto os professores como os pais deram o melhor que podiam.
Este ano de 2020 foi um ano de aprendizado para todos, aprendemos muito, muito mesmo, em todos os sentidos da vida.
Eu particularmente precisei aprender muitas coisas novas, principalmente as relacionadas às novas tecnologias, no entanto aos poucos as coisas foram se organizando, da forma que talvez não era a mais adequada para se alfabetizar, mas foi a forma que nos foi possível organizar...este momento.
Eu aprendi a fazer "lives", direcionadas aos pais com informes da escola de como iria funcionar as entregas de atividades impressas, horários, cuidados com o novo coronavírus, etc. Aprendi a fazer vídeos explicativos, explicando as atividades que foram entregues impressas para fazer em casa com a família, aprendi a fazer ditados online com 6 alunos participando ao mesmo tempo, enfim, aprendi muito. Aprendi também algo que na verdade eu já sabia, e que diz respeito direto à importância do "envolvimento" da família na aprendizagem dos alunos, inclusive as famílias foram as peças mais importantes neste período de tantas dificuldades para a educação, sem as famílias nada do que foi feito seria possível, pois foram eles que incentivaram, foram eles que auxiliaram mais de perto e mais significativamente dando o apoio necessário aos educandos.
Hoje eu me percebo uma profissional bem mais preparada, alguém que aprendeu coisas novas e que vai levar para as próximas turmas, feliz por ter feito tudo que estava ao meu alcance para que a escola continuasse sendo muito importante na vida dos educandos e de seus familiares.


Quero agradecer imensamente a participação da professora Luciana nesta produção e parabenizá-la pelo excelente trabalho realizado no ano que passou.


Para ver a entrevista na íntegra, clique no link abaixo:
https://ceciliaceleste.blogspot.com/2020/08/como-alfabetizar-nessa-pandemia.html


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Forte abraço!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

ANO NOVO, VELHA PERGUNTA: COMO ALFABETIZAR NA PANDEMIA?

Continuação da entrevista de 11 de agosto de 2020


Feliz Ano Novo a você que está lendo este post!

Espero que 2021 seja um ano fantástico para todos nós. Um ano criativo, extraordinário e próspero.


Em muitas escolas, o ano letivo começa em algumas semanas...

Começa mesmo?

Como começa?

O que esperar do ano letivo de 2021 depois da montanha russa que foi 2020?


Falando em criatividade, hoje trago aqui as palavras de uma das pessoas mais criativas que eu já conheci. Seu nome eu mantenho em sigilo. Não sei se é a Branca de Neve ou se é a Chapeuzinho Vermelho, mas uma coisa eu sei: daquela cabeça saem ideias incríveis. Foi inclusive, já no início do ano passado, a primeira pessoa a me dizer que o isolamento social era uma baita oportunidade de aprendizado e desenvolvimento profissional (mesmo lamentando a questão de saúde que forçou todos a ficar em casa).


Ce: Como você se percebe/avalia hoje, profissionalmente, depois desse desafio de alfabetizar à distância?

E4: Depois desse desafio de alfabetizar a distância, profissionalmente me percebo mais capaz e preparada, porém por vezes me avalio incapaz de conseguir contemplar a todos os alunos, visto as inúmeras dificuldades e particularidades de cada família/aluno...
Não sei se é bem isso... Pois ao mesmo tempo que a avaliação é positiva, por outro lado me vejo na negativa... É um misto de sentimentos (risos).

Quero agradecer imensamente a participação desta professora perspicaz nesta produção e parabenizá-la pelo trabalho de super heroína realizado no ano que passou.


Para ver a entrevista na íntegra, clique no link abaixo:
https://ceciliaceleste.blogspot.com/2020/08/alfabetizar-na-pandemia-entrevista-04.html

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Forte abraço!

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O ANO TERMINA E... COMO FICA A ALFABETIZAÇÃO NESSA PANDEMIA?

 Continuação da entrevista de 07 de agosto de 2020


Olá!

Estou muito feliz hoje. Esta é a última postagem do ano. Ano no qual eu mudei muita coisa em meus paradigmas. Ano no qual aprendi a me lançar na internet através deste blog e do Youtube. Ano no qual minha produção intelectual enfim deslanchou.

Quero agradecer a você, que está aqui lendo essa publicação, pela sua atenção. Quero agradecer sobretudo aos que me acompanharam desde a primeira mensagem.

Contudo, Mircea Eliade já dizia que o eterno retorno é um mito. Se você não conhece Mircea Eliade, acalme-se e segure esses dedos antes de procurar no Google quem foi esse grande professor. Contente-se, pelo menos até o final deste post, em saber que a banda Engenheiros do Havaii concordava com a ideia de Eliade ao cantar que "o último dia de dezembro é sempre igual ao primeiro de janeiro".

Por isso eu continuo aqui com as reflexões de professoras que tiveram o desafio de alfabetizar à distância em 2020.


Hoje trago as palavras da professora Laura Corrêa, que desempenhou suas atividades em uma escola da zona rural, com um público diferente do atendido pela maioria dos docentes:


- Como você se percebe/avalia hoje, profissionalmente, depois desse desafio de alfabetizar à distância?

- Acho que a resposta é: frustrada, sensação de que não se fez nada. Apesar que foi bem mais difícil tentar preparar atividades que os alunos e pais conseguissem fazer sem eu estar lá explicando.
Chegou no último dia e fiquei imaginando: como eu gostaria de ter a sensação de ver as crianças lendo. 
E saber através dos pais que a maioria não evoluiu quase nada. Frustrante.

Quero agradecer imensamente a participação da professora Laura nesta produção e parabenizá-la pelo trabalho executado com tanto carinho e dedicação. Eu conheço pessoalmente o trabalho da professora Laura em outra escola e sei o quanto ela é dedicada a cada um dos seus estudantes.

Este foi um ano em que as crianças sentiram falta dos professores e também os professores sentiram falta dos estudantes.


Para ver a entrevista na íntegra, clique no link abaixo: 
https://ceciliaceleste.blogspot.com/2020/08/como-fica-alfabetizacao-nessa-pandemia.html


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quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

COMO FICA A ALFABETIZAÇÃO DURANTE A PANDEMIA?

Continuação da entrevista de 02 de agosto de 2020


Olá!

Já pensou em entrar em uma sala toda bagunçada e ter que atravessar o local sem pisar nas almofadas de uma determinada cor? Bom, ao menos que você tenha alguma alteração visual, parece bem simples.

E se desligarmos a luz? Você teria a mesma certeza de êxito no escuro?

Hoje trago aqui as palavras de uma professora experiente que atendeu, em 2020, uma turma de 1º ano à distância e se surpreendeu com os resultados.

Seu nome permanece em sigilo.


Ce: Como você se percebe/avalia hoje, profissionalmente, depois desse desafio de alfabetizar à distância?

E1: Fiquei surpresa com os resultados e com todo o processo. Todas as famílias colaboraram e fizeram a devolutiva.
Apesar de muitos alunos não terem se alfabetizado, alguns conseguiram! Estão lendo e escrevendo! Fiquei muito feliz mesmo!
No próximo ano teremos muitos desafios a enfrentar, mas posso dizer que o saldo desse ano foi positivo. Aprendemos muito com tudo o que ocorreu e com a forma com que conduzimos o processo de ensino e aprendizagem.

Quero agradecer imensamente a participação desta incrível professora nesta produção e parabenizá-la pelo trabalho, que eu já conhecia pessoalmente, e que este ano passei a admirar ainda mais.

Para ver a entrevista na íntegra, clique no link abaixo:

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Forte abraço!


terça-feira, 22 de dezembro de 2020

ALFABETIZAÇÃO DURANTE A PANDEMIA

Continuação da entrevista de 18 de agosto de 2020


Olá!


Ano letivo acabou, mas as reflexões ainda são muitas.

Será que houve de fato êxito na alfabetização? Será que não houve êxito algum? O que se consegue mensurar dessa experiência?

Continuando a finalização das entrevistas realizadas em meados de 2020, trago hoje as palavras da professora Cristiana(*), que trabalhou com crianças do 3º ano das classes socioeconômicas D e E em uma turma na qual estavam matriculados 2 estudantes de inclusão com laudo e mais 4 sob investigação. Uau!


Ce: Como você se percebe/avalia hoje, profissionalmente, depois desse desafio de alfabetizar à distância?

Cristiana: Me percebo despreparada ainda. Sem todo o suporte que deveria ter. Que na verdade a própria administração diz não saber como lidar com a pandemia. Procuramos manter a leitura, as operações básicas de Matemática e trabalhar artes, jogos etc. Mas sei que muito do que tive de resultado foram os pais que fizeram as atividades das crianças. Infelizmente.
Nesse mundo onde nós temos que realizar manobras para mediar as aprendizagens. Pais impacientes com o processo que tanto criticavam, preferiram dar o "jeitinho brasileiro".
Não foram todos. De uma turma de  considero dedicados aos estudos, de verdade, umas crianças.
A Educação precisa imediatamente ser reformulada. Ou a gente ensina as crianças que esse jeitinho brasileiro faz parte do processo. Triste.

(*) pseudônimo


Quero agradecer imensamente a participação da professora Cristiana nesta produção e parabenizá-la pelo trabalho incrível de superação realizado este ano.

Para ver a entrevista na íntegra, clique no link abaixo:


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Forte abraço!

sábado, 19 de dezembro de 2020

COMO FICA A ALFABETIZAÇÃO DURANTE A PANDEMIA?

 Continuação da entrevista de 14 de agosto de 2020


Olá!


Se você já acompanha este blog há algum tempo, deve se lembrar de uma série de entrevistas que eu publiquei em agosto sobre os desafios de alfabetizar no contexto de pandemia e isolamento social.

Este foi um ano absurdo. Imagine para quem tem como profissão alfabetizar!

Hoje quero trazer aqui a última reflexão de uma daquelas entrevistas.

Sim. Afinal, no meio do ano, muita coisa ainda estava por vir. E hoje, com o ano letivo encerrado, é possível verificar o que se tira de bom e de ruim desta experiência forçada.

Trago aqui, as palavras da professora Luciana T., que trabalhou com crianças de 6 e 7 anos:


Ce: Como você se percebe/avalia hoje, profissionalmente, depois desse desafio de alfabetizar à distância?

LT: Eu percebi que aprendi muito e venci desafios que jamais pensei em enfrentar um dia. Alfabetizar à distância com recursos precários foi uma missão quase impossível.
Consegui atender alguns alunos através do whatsapp com vídeo chamadas e conversas por áudio.
Por incrível que pareça os alunos que puderam acompanhar e participar desses momentos tiveram resultados fantásticos ao meu ver.
Infelizmente muitos alunos não puderam participar das atividades on line.


Quero agradecer imensamente a participação da professora Luciana T. nesta produção e parabenizá-la pelo trabalho de super heroína realizado este ano.

Para ver a entrevista na íntegra, clique no link abaixo:

Ah, e comente aqui o que você achou desta publicação. Sua participação é muito importante para a educação.

Forte abraço!



sábado, 28 de novembro de 2020

MEU APLAUSO ÀQUELES QUE ESTIVERAM NO LEME

 Olá!


Trago hoje meu sincero aplauso àquelas pessoas que, independente do tamanho de sua experiência enquanto gestores, tiveram o desafio de enfrentar algo completamente inédito: dirigir uma instituição de ensino em meio a uma pandemia e readaptá-la  ao novo modelo de ensino oferecido.


Há alguns meses, fiz alguns cursos online do Instituto Brasileiro de Coaching, ministrados pelo próprio José Roberto Marques. Eu fiquei simplesmente encantada como aquele homem de mais de 50 anos, dono de uma empresa gigante, precisou se reinventar em poucos dias e, junto com sua equipe, aprender a transformar seus produtos, que eram majoritariamente presenciais, em formato online, com emissão de certificado!

Ele ministrava aulas gratuitas ao vivo durante horas, depois mal descansava e já começava as aulas dos cursos fechados, além de postar mensagens no canal do Telegram até às 5:00. E, no outro dia à tarde, estava lá de novo, semanas a fio, sem sábado, sem domingo.

Em um desses cursos, José Roberto propôs um desafio de 14 dias, no qual deveria ser feito diariamente aquilo que fosse importante para o nosso crescimento (em qualquer sentido) e que estivéssemos evitando. O dele - beber água - parecia tão simples para mim que tenho esse hábito. E eu vi aquele homem reeducar seu paladar em frente às câmeras todas as noites. 

O meu era algo que José Roberto tira de letra há décadas: escrever diariamente.

Eu me propus escrever um parágrafo por dia até trazer ao mundo meus principais projetos. Foi difícil e transformador. E sou muito grata pelo desafio. Deixei a procrastinação de lado e lancei meu primeiro e-book "Como estudar de forma eficiente".

Agora está saindo o segundo, "Plano gestor em ação: gestão do espaço físico escolar".


Mas eu escolhi mudar. O isolamento social foi apenas um contexto coincidente. Eu já estava escrevendo ano passado. Eu já tinha este blog em fevereiro. Eu já estava aprendendo muito do que estou implantando agora.


E quem se preparou para uma realidade e teve que se adaptar à outra por falta de opção?


Por isso honro todos os componentes de equipes diretivas escolares que fizeram deste ano muito mais do que imaginavam um dia ter de fazer.

Aplaudo todo o aprendizado que tiveram. Aplaudo a força para gerir em meio à crise financeira ocorrida entre as instituições particulares em virtude da baixa na clientela. Aplaudo a tenacidade para enfrentar as dificuldades entre suas equipes de trabalho. Aplaudo a coragem em se manterem firmes, quando muitas vezes quiseram desistir de tudo.


Meus parabéns e meu forte abraço!

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

O MAIS ESTRANHO ANO LETIVO DO MUNDO

 Olá!


Em primeiro lugar, eu quero desejar já um feliz dia dos professores a todos aqueles bravos guerreiros que lutam por fazer uma educação melhor, no mundo, todos os dias! Recebam minha salva de palmas!

Ser professor, neste no conturbado, é um desafio incrível, compatível com os filmes do Indiana Jones.

2020 está sendo "da pá virada" mesmo. A gente vê de tudo. Gente que reclama porque as aulas foram suspensas e não retornaram. Gente que reclama porque acha um absurdo a ideia de retorno das aulas. Gente que reclama porque alguém está reclamando.

E eu entendo perfeitamente ambos os lados. Assim como tem várias pessoas que temem pela saúde de seus familiares, também tem quem atua no ensino privado e depende das mensalidades para se sustentar. Talvez o maior problema não seja o vírus externo, mas o desamor, a falta de empatia e a incapacidade de perceber que aquele que pensa diferente também é um ser humano que merece ser respeitado. E como vejo desrespeito expresso nas opiniões...

Aqui na cidade onde eu moro, por eu ser professora, muita gente me perguntava sobre o retorno das aulas. Eu consultava a minha bola de cristal e nunca enxergava a resposta.

Então, há uns dias atrás, o prefeito da cidade anunciou aquilo que já estava caindo de maduro: não haverá retorno das aulas presenciais na rede pública de ensino em 2020.

Coerente.

Talvez a bola de cristal dele tenha os mesmos problemas de conexão com o além que a minha apresenta (isso foi sarcasmo mesmo, sem medo de ser detonada). O fato é que, como gestor público, tem uma imensa responsabilidade frente a um cenário de incertezas. Talvez em seu lugar, a maioria de nós teria tomado a mesma decisão. Talvez.

E nós, que somos pais, professores e responsáveis por outras pessoas? Qual o olhar que estamos tendo sobre elas? 

Eu faço muito menos do que gostaria de fazer por aqueles que estão sob a minha responsabilidade. Contudo, faço muitíssimo mais do que, há um ano, eu acreditava que seria capaz de fazer. É incrível a quantidade de coisas sobre as quais aprendi este ano e que eu não fazia ideia que existiam.

Convido você a refletir sobre seu papel na sociedade em termos práticos.
O que você tem feito para melhorar o mundo em que vive?

Ajude-me a divulgar este blog e os conteúdos sobre educação que trago aqui.


Forte abraço!