terça-feira, 22 de dezembro de 2020

ALFABETIZAÇÃO DURANTE A PANDEMIA

Continuação da entrevista de 18 de agosto de 2020


Olá!


Ano letivo acabou, mas as reflexões ainda são muitas.

Será que houve de fato êxito na alfabetização? Será que não houve êxito algum? O que se consegue mensurar dessa experiência?

Continuando a finalização das entrevistas realizadas em meados de 2020, trago hoje as palavras da professora Cristiana(*), que trabalhou com crianças do 3º ano das classes socioeconômicas D e E em uma turma na qual estavam matriculados 2 estudantes de inclusão com laudo e mais 4 sob investigação. Uau!


Ce: Como você se percebe/avalia hoje, profissionalmente, depois desse desafio de alfabetizar à distância?

Cristiana: Me percebo despreparada ainda. Sem todo o suporte que deveria ter. Que na verdade a própria administração diz não saber como lidar com a pandemia. Procuramos manter a leitura, as operações básicas de Matemática e trabalhar artes, jogos etc. Mas sei que muito do que tive de resultado foram os pais que fizeram as atividades das crianças. Infelizmente.
Nesse mundo onde nós temos que realizar manobras para mediar as aprendizagens. Pais impacientes com o processo que tanto criticavam, preferiram dar o "jeitinho brasileiro".
Não foram todos. De uma turma de  considero dedicados aos estudos, de verdade, umas crianças.
A Educação precisa imediatamente ser reformulada. Ou a gente ensina as crianças que esse jeitinho brasileiro faz parte do processo. Triste.

(*) pseudônimo


Quero agradecer imensamente a participação da professora Cristiana nesta produção e parabenizá-la pelo trabalho incrível de superação realizado este ano.

Para ver a entrevista na íntegra, clique no link abaixo:


Ah, e comente aqui o que você achou desta publicação. Sua participação é muito importante para a educação.

Forte abraço!

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