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quinta-feira, 9 de junho de 2022

COMENTÁRIO EMOCIONANTE

 Oie!

Faz um tempo que eu não tiro pra tocar um papo leve e solto por aqui.

Tenho andado bastante atarefada com as atividades da escola (agora com a nova realidade pós pandemia) além da rotina de empreendedora (atendimentos online, divulgação, aulas online, lives pelo Instagram, network, faz post, faz post, faz post...).

Ontem eu subi para o Youtube uma live que havia feito pelo Instagram mês passado com minha querida amiga Zaida Leon sobre os desafios da vida acadêmica pós maternidade. Foi um bate-papo super bonito sobre se permitir não ser perfeita.

Minutos depois, recebi no vídeo um comentário que valeu minhas escolhas profissionais e quero dividir aqui essa alegria:

 

Emocionante, né?

 

Clica aqui abaixo pra assistir ao vídeo na íntegra e me conta o que você achou:



Beijo!

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Você é um agente de transformação da realidade?


Olá!


Quem tem o direito de definir o futuro de outra pessoa?


Ser médic@, professor(a), don@ de casa, engenheir@, advogad@ é uma escolha e esse sonho jamais pode ser ceifado pelos responsáveis pela educação de quem sonha esse futuro.


O filme Coach Carter, baseado na história real do treinador Ken Carter, mostra o poder do desenvolvimento do ser humano na sua integralidade.


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#coaching #desenvolvimento #coachcarter

sábado, 10 de abril de 2021

Será que eu me fiz entender direito?


Olá!

Será que passamos um impressão de credibilidade nas informações que divulgamos? Ou mesmo após nos certificarmos da veracidade de uma informação, ainda pode ser confundida com fake new? Adquira o livro "As Relações Perigosas", de Chordelos de Laclos, pela Amazon: https://amzn.to/39Kvdlv Adquira o livro "Poder Sem Limites", de Tony Robbins, pela Amazon: https://amzn.to/321cRsj Quer conhecer mais o trabalho da Ce Celeste? Adquira já seu e-book “Plano gestor em ação: gestão do espaço físico escolar” através do link: https://lnkd.in/dB3pwaB Baixe o e-book gratuito "Como estudar de forma eficiente" no link: https://lnkd.in/dbptewR #asrelacoesperigosas #fakenews #vamosrefletir #seraqueeumefizentenderdireito #ceceleste #podersemlimites

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

2021 não pode passar sem isto!

Olá!

Já passou da hora de repensarmos o modelo de educação que queremos para as gerações futuras. E 2021 não pode passar sem esta discussão. No livro "Escola sem sala de aula", Ricardo Semler, Gilberto Dimenstein e Antonio Carlos Gomes da Costa apresentam novos modelos de espaço educacional de sucesso - em 2004! Quer conhecer mais o trabalho da Ce Celeste? Adquira já seu e-book “Plano gestor em ação: gestão do espaço físico escolar” através do link: https://lnkd.in/dB3pwaB Baixe o e-book gratuito "Como estudar de forma eficiente" no link: https://lnkd.in/dbptewR Grande abraço! #educacao #escolasemsaladeaula #novonormal #2021

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Quanto você está comprometido com o novo?

Olá!

Você sente saudades do "antigo normal"? Você se adaptou bem ao "novo normal"? Você acha que o mundo vai voltar a ser o que era ou o "normal" será algo ainda mais diferente?

O mundo é feito de transformações.

No segundo vídeo da série "quem é que escreveu isso?", trago o livro "Contos", do escritor iluminista Voltaire, um dos pensadores responsáveis pela mudança do mundo para o "novo normal"... no século XVIII.

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terça-feira, 19 de janeiro de 2021

COMO ALFABETIZAR NESSA PANDEMIA?

 Continuação da entrevista de 26 de agosto de 2020


O Ano letivo de 2021 já está perto de iniciar - pelo menos oficialmente - e as incertezas de 2020 ainda permanecem.

Hoje trago aqui as pertinentes reflexões da professora Luciana Peres, para quem o ano passado foi de intensos aprendizados:


Ce: Como você se percebe/avalia hoje, profissionalmente, depois desse desafio de alfabetizar à distância?

LP: No meu ponto de vista esta questão é bem difícil de responder...
É difícil de avaliar profissionalmente o grande desafio que foi, Alfabetizar à distância: o que passamos, o que vivenciamos, nossos sentimentos, nossas angústias, nossas dificuldades de alcançar todos os educandos de uma forma igualitária, foram tempos onde os educadores precisaram se desdobrar em muitos, se reinventar, sem horários, sem dias fixos para o atendimento de alunos e responsáveis, estar à disposição... tudo no intuito de que os alunos tivessem o máximo de acompanhamento e auxílio do seu professor também.
A alfabetização pra mim é um processo que se faz de várias formas, com vários elementos, o presencial é praticamente obrigatório, necessário, é necessário também o lúdico, é necessário muita paciência e muita repetição, e muito mais, então não foi fácil para nós educadores, pois não tivemos nada disso neste ano letivo...mas tenho certeza que todos os envolvidos tanto os professores como os pais deram o melhor que podiam.
Este ano de 2020 foi um ano de aprendizado para todos, aprendemos muito, muito mesmo, em todos os sentidos da vida.
Eu particularmente precisei aprender muitas coisas novas, principalmente as relacionadas às novas tecnologias, no entanto aos poucos as coisas foram se organizando, da forma que talvez não era a mais adequada para se alfabetizar, mas foi a forma que nos foi possível organizar...este momento.
Eu aprendi a fazer "lives", direcionadas aos pais com informes da escola de como iria funcionar as entregas de atividades impressas, horários, cuidados com o novo coronavírus, etc. Aprendi a fazer vídeos explicativos, explicando as atividades que foram entregues impressas para fazer em casa com a família, aprendi a fazer ditados online com 6 alunos participando ao mesmo tempo, enfim, aprendi muito. Aprendi também algo que na verdade eu já sabia, e que diz respeito direto à importância do "envolvimento" da família na aprendizagem dos alunos, inclusive as famílias foram as peças mais importantes neste período de tantas dificuldades para a educação, sem as famílias nada do que foi feito seria possível, pois foram eles que incentivaram, foram eles que auxiliaram mais de perto e mais significativamente dando o apoio necessário aos educandos.
Hoje eu me percebo uma profissional bem mais preparada, alguém que aprendeu coisas novas e que vai levar para as próximas turmas, feliz por ter feito tudo que estava ao meu alcance para que a escola continuasse sendo muito importante na vida dos educandos e de seus familiares.


Quero agradecer imensamente a participação da professora Luciana nesta produção e parabenizá-la pelo excelente trabalho realizado no ano que passou.


Para ver a entrevista na íntegra, clique no link abaixo:
https://ceciliaceleste.blogspot.com/2020/08/como-alfabetizar-nessa-pandemia.html


Ah, e comente aqui o que você achou desta publicação. Sua participação é muito importante para a educação.

Forte abraço!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

ANO NOVO, VELHA PERGUNTA: COMO ALFABETIZAR NA PANDEMIA?

Continuação da entrevista de 11 de agosto de 2020


Feliz Ano Novo a você que está lendo este post!

Espero que 2021 seja um ano fantástico para todos nós. Um ano criativo, extraordinário e próspero.


Em muitas escolas, o ano letivo começa em algumas semanas...

Começa mesmo?

Como começa?

O que esperar do ano letivo de 2021 depois da montanha russa que foi 2020?


Falando em criatividade, hoje trago aqui as palavras de uma das pessoas mais criativas que eu já conheci. Seu nome eu mantenho em sigilo. Não sei se é a Branca de Neve ou se é a Chapeuzinho Vermelho, mas uma coisa eu sei: daquela cabeça saem ideias incríveis. Foi inclusive, já no início do ano passado, a primeira pessoa a me dizer que o isolamento social era uma baita oportunidade de aprendizado e desenvolvimento profissional (mesmo lamentando a questão de saúde que forçou todos a ficar em casa).


Ce: Como você se percebe/avalia hoje, profissionalmente, depois desse desafio de alfabetizar à distância?

E4: Depois desse desafio de alfabetizar a distância, profissionalmente me percebo mais capaz e preparada, porém por vezes me avalio incapaz de conseguir contemplar a todos os alunos, visto as inúmeras dificuldades e particularidades de cada família/aluno...
Não sei se é bem isso... Pois ao mesmo tempo que a avaliação é positiva, por outro lado me vejo na negativa... É um misto de sentimentos (risos).

Quero agradecer imensamente a participação desta professora perspicaz nesta produção e parabenizá-la pelo trabalho de super heroína realizado no ano que passou.


Para ver a entrevista na íntegra, clique no link abaixo:
https://ceciliaceleste.blogspot.com/2020/08/alfabetizar-na-pandemia-entrevista-04.html

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Forte abraço!

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O ANO TERMINA E... COMO FICA A ALFABETIZAÇÃO NESSA PANDEMIA?

 Continuação da entrevista de 07 de agosto de 2020


Olá!

Estou muito feliz hoje. Esta é a última postagem do ano. Ano no qual eu mudei muita coisa em meus paradigmas. Ano no qual aprendi a me lançar na internet através deste blog e do Youtube. Ano no qual minha produção intelectual enfim deslanchou.

Quero agradecer a você, que está aqui lendo essa publicação, pela sua atenção. Quero agradecer sobretudo aos que me acompanharam desde a primeira mensagem.

Contudo, Mircea Eliade já dizia que o eterno retorno é um mito. Se você não conhece Mircea Eliade, acalme-se e segure esses dedos antes de procurar no Google quem foi esse grande professor. Contente-se, pelo menos até o final deste post, em saber que a banda Engenheiros do Havaii concordava com a ideia de Eliade ao cantar que "o último dia de dezembro é sempre igual ao primeiro de janeiro".

Por isso eu continuo aqui com as reflexões de professoras que tiveram o desafio de alfabetizar à distância em 2020.


Hoje trago as palavras da professora Laura Corrêa, que desempenhou suas atividades em uma escola da zona rural, com um público diferente do atendido pela maioria dos docentes:


- Como você se percebe/avalia hoje, profissionalmente, depois desse desafio de alfabetizar à distância?

- Acho que a resposta é: frustrada, sensação de que não se fez nada. Apesar que foi bem mais difícil tentar preparar atividades que os alunos e pais conseguissem fazer sem eu estar lá explicando.
Chegou no último dia e fiquei imaginando: como eu gostaria de ter a sensação de ver as crianças lendo. 
E saber através dos pais que a maioria não evoluiu quase nada. Frustrante.

Quero agradecer imensamente a participação da professora Laura nesta produção e parabenizá-la pelo trabalho executado com tanto carinho e dedicação. Eu conheço pessoalmente o trabalho da professora Laura em outra escola e sei o quanto ela é dedicada a cada um dos seus estudantes.

Este foi um ano em que as crianças sentiram falta dos professores e também os professores sentiram falta dos estudantes.


Para ver a entrevista na íntegra, clique no link abaixo: 
https://ceciliaceleste.blogspot.com/2020/08/como-fica-alfabetizacao-nessa-pandemia.html


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Forte abraço!


terça-feira, 22 de dezembro de 2020

ALFABETIZAÇÃO DURANTE A PANDEMIA

Continuação da entrevista de 18 de agosto de 2020


Olá!


Ano letivo acabou, mas as reflexões ainda são muitas.

Será que houve de fato êxito na alfabetização? Será que não houve êxito algum? O que se consegue mensurar dessa experiência?

Continuando a finalização das entrevistas realizadas em meados de 2020, trago hoje as palavras da professora Cristiana(*), que trabalhou com crianças do 3º ano das classes socioeconômicas D e E em uma turma na qual estavam matriculados 2 estudantes de inclusão com laudo e mais 4 sob investigação. Uau!


Ce: Como você se percebe/avalia hoje, profissionalmente, depois desse desafio de alfabetizar à distância?

Cristiana: Me percebo despreparada ainda. Sem todo o suporte que deveria ter. Que na verdade a própria administração diz não saber como lidar com a pandemia. Procuramos manter a leitura, as operações básicas de Matemática e trabalhar artes, jogos etc. Mas sei que muito do que tive de resultado foram os pais que fizeram as atividades das crianças. Infelizmente.
Nesse mundo onde nós temos que realizar manobras para mediar as aprendizagens. Pais impacientes com o processo que tanto criticavam, preferiram dar o "jeitinho brasileiro".
Não foram todos. De uma turma de  considero dedicados aos estudos, de verdade, umas crianças.
A Educação precisa imediatamente ser reformulada. Ou a gente ensina as crianças que esse jeitinho brasileiro faz parte do processo. Triste.

(*) pseudônimo


Quero agradecer imensamente a participação da professora Cristiana nesta produção e parabenizá-la pelo trabalho incrível de superação realizado este ano.

Para ver a entrevista na íntegra, clique no link abaixo:


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Forte abraço!

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

COMO ALFABETIZAR NESSA PANDEMIA?


ENTREVISTA 07

Olá!

Trago para vocês a entrevista que fiz com uma professora que leciona para uma turma de 2º ano composta por crianças que foram suas alunas no ano passado e portanto já havia de certa forma uma continuidade no trabalho quando o distanciamento social começou.

Ce: Qual o seu nome*, escola* e ano para o qual leciona:
LP: Meu nome é Luciana Peres, sou professora na rede Pública de Gravataí, na E. M. E. F. Parque dos Eucaliptos.

Ce: Qual o perfil dos estudantes da turma?
LP: As turmas em que leciono são bem cheias...em uma turma tenho 25 alunos e na outra tenho 22, num total de 47 alunos, são turmas bem heterogêneas , com realidades desiguais, tenho alunos com uma boa situação financeira e uma estrutura familiar mais sólida que demonstram um crescimento constante em sua Alfabetização, estes alunos conseguem acompanhar o andamento das aulas e o desenvolvimento dos conteúdos com facilidade, e em alguns casos superam as expectativas, indo além do solicitado.
No entanto, tenho um outro grupo de alunos que são em torno de 50%, que são oriundos de famílias mais humildes, muitas vezes os pais são analfabetos, geralmente possuem muitos irmãos , moram em casas muito pequenas e vivem de forma bem simples, sem acesso a livros, jornais, revistas e meios tecnológicos, internet e assim por diante.
E tem uma outra parcela de alunos que seriam os “medianos”, estes conseguem acompanhar as aulas com certa facilidade.

Ce: Você já conhecia os estudantes antes do início deste ano?
LP: Sim, eu já conhecia os estudantes antes do início deste ano, pois eles foram meus alunos no ano passado na 1° série.

Ce: Fale um pouco sobre sua metodologia de ensino à distância:
LP: A minha metodologia de ensino à distância na verdade está sendo construída desde Abril deste ano, aos poucos, quando neste mês decidi por conta própria iniciar um contato com os pais e responsáveis dos meus alunos via watts, através do grupo que havíamos criado no início do ano letivo de 2020, e assim foi...
Dei continuidade ao que eu tinha iniciado presencialmente com os estudantes, mesmo sabendo que não alcançaria todos os alunos, comecei a enviar atividades para os meus alunos via watts, com o auxílio e ajuda dos pais seguimos assim até o dia 15 de maio, e deu certo, foi uma boa experiência, aprendemos juntos, valeu a pena.
Logo em seguida se organizou então através da Secretaria de Educação e da Prefeitura, formas de enviar atividades impressas aos alunos, quinzenalmente, e agora procuro planejar conforme orientações recebidas da equipe diretiva da escola, onde observamos a BNCC, a oferta de todas as disciplinas e também o cuidado de não enviar atividades que tragam muitas dificuldades de entendimento, tanto para os alunos  quanto também para os pais, que é quem está auxiliando o aluno diretamente neste momento de Pandemia.
Também tenho me colocado sempre à disposição dos responsáveis para auxiliá-los quanto as dúvidas que surgem, sem limite de horário ou dia...E assim estamos, sempre aprendendo juntos.

Ce: Se sua turma possui perfis muito distintos (crianças que já chegaram alfabetizadas, semi alfabetizadas e não alfabetizadas), como você lida com essa diversidade cognitiva?
LP: Sim, minhas turmas possuem perfis de alunos muito distintos, crianças que já chegaram alfabetizadas, outras semi alfabetizadas e ainda as não alfabetizadas, para lidar com esta diversidade cognitiva procuro ofertar atividades diferenciadas, com “níveis de dificuldades” que contemplem as necessidades de cada aluno, mas não deixo de ofertar para” todos” as atividades referentes a série que estamos,” cobrando” sempre mais empenho e dedicação daqueles alunos com dificuldades.

Ce: Você consegue perceber, à distância, quais habilidades se destacam em cada estudante?
LP: Sim, eu consigo perceber, mesmo à distância, quais habilidades se destacam em cada estudante das minhas turmas, mas isso só é possível no meu ponto de vista, e no meu caso porque eu fui a professora deles no  ano passado, então sei bem onde cada um conseguiu chegar na passagem do 1°ano para o 2°ano, o crescimento deles durante um ano todo juntos eu pude acompanhar de perto, faz a diferença, mas acho que não conseguiria se não os conhecesse, percebo esta dificuldade através de alunos novos que recebi este ano ...e não os conheço...suas habilidades, suas possibilidades, suas capacidades e seus conhecimentos já adquiridos, vai ser mais difícil avaliá-los com certeza, e sei que existem muitos professores passando por esta situação, mas estamos aí para aprender e tenho certeza que tudo dará certo no final.

Ce: Você considera viável focar no que cada criança tem mais aptidão? Por quê?
LP: Neste momento de Pandemia e de educação à distância eu não considero viável o professor “focar” no que cada criança tem mais aptidão, porque isso dificultaria muito mais um planejamento que está sendo feito todo à distância de uma forma tão incomum, sem um acompanhamento mais significativo da aprendizagem do educando. 
Tem também aquele professor que teve muito pouco tempo para conhecer o aluno, impossibilitando assim de reconhecer qual é a aptidão de cada aluno.

Ce: Quais são os seus critérios de avaliação cognitiva no contexto atual?
LP: Os meus critérios de avaliação cognitiva neste contexto atual que estamos passando de distanciamento social, estão sendo bem menos rígidos em comparação que seriam se eu pudesse ministrar as aulas presencialmente, neste momento procuro levar em consideração também as mais variadas dificuldades que as famílias estão passando.

Ce: Você consegue perceber nos estudantes, neste contexto, o desejo de aprender a ler? Fale um pouco mais sobre isso.
LP: Sim, mesmo neste novo contexto, estou conseguindo perceber nos estudantes o desejo de aprender a ler e escrever, observei também que os pais estão começando a se acostumar com estas “novas obrigações”, referente aos estudos dos filhos, o que nos proporciona um melhor rendimento dos alunos.

Ce: Você conta com o apoio dos pais neste desafio de ensinar à distância?
LP: Sim, eu tenho contado com o apoio dos pais neste desafio de ensinar à distância, ainda infelizmente não é um apoio de 100% como seria o ideal mais é a grande maioria que está se empenhando e dando o seu melhor para que todos nós tenhamos êxito nesta nova jornada.

Ce: O que você sabe sobre o desenvolvimento emocional dos seus alunos?
LP: Bom, quanto ao desenvolvimento emocional dos meus alunos é muito difícil dizer que eu possa saber muita coisa...como eles passando e se sentindo...já que o vínculo que tínhamos nas aulas presenciais, está agora mais “fraco”, digamos assim...
Eu trabalho com crianças muito pequenas e estes são totalmente dependentes de seus familiares, eles não possuem um celular somente deles para que possamos manter um “canal” de conversa sempre aberto e só nosso, tanto eu, como eles, “dependemos” dos seus pais, do tempo que os pais tem, da boa vontade e disposição dos pais em “dispor” os seus celulares à seus filhos em detrimento da escola.

Ce: Você consegue perceber, à distância, se seus alunos estão emocionalmente prontos para as atividades propostas?
LP: Não, eu não consigo perceber com a mesma certeza que eu teria no presencial, se todos os meus alunos estão “emocionalmente prontos” para as atividades propostas, por isso procuro “facilitar” e exemplificar ao máximo tudo que é enviado a eles, sabemos pela vivência e experiência que em uma turma de 25 alunos, nunca todos serão iguais, ou estarão no mesmo nível cognitivo de aprendizagem, assim, esta questão não chega a ser uma novidade para os educadores, já estamos acostumados a trabalhar em turmas heterogêneas, e sempre procuramos oferecer aos alunos atividades diferenciadas as quais eles já estejam mais preparados ou prontos emocionalmente.

Ce: Você já participou de algum treinamento sobre múltiplas inteligências ou inteligência emocional? Gostaria de aprender mais sobre isso?
LP: Não, eu nunca passei por um “Treinamento” sobre múltiplas inteligências ou inteligência emocional, mas com certeza gostaria muito de aprender mais sobre isso, já fiz algumas leituras a este respeito, pois são assuntos que sempre devemos estar  nos atualizando.

Ce: Você se sente cobrada/pressionada pela gestão da sua escola em relação aos resultados dos estudantes?
LP: Não, eu não me sinto “cobrada” ou “pressionada” pela gestão da minha escola em relação aos resultados dos estudantes, ao contrário, estamos sempre conversando via  watts ou nos reunindo virtualmente no intuito de aprendermos juntos a fazer o que será o melhor para os nossos alunos neste momento.

Ce: Você se sente cobrada/pressionada pelas famílias em relação ao seu trabalho?
LP: Não, eu não me sinto cobrada/pressionada pelas famílias em relação ao meu trabalho, sinto sim, uma união em torno da aprendizagem dos estudantes e o empenho de todos, conforme as possibilidades de cada um.

Ce: Você sente algum tipo de medo ou desconforto em relação ao seu trabalho?
LP: Sim, neste momento tão diferente que estamos passando, eu sinto medo de não estar fazendo o melhor, tenho medo que meus alunos não consigam progredir, crescer, produzir cognitivamente e medo que eles sintam-se desinteressados pelos estudos.

Ce: Que aprendizado você está tendo com essa experiência de educar à distância?
LP: Eu estou aprendendo muito com essa experiência de educar à distância, primeiro aprendi que é muito, muito “difícil” ...educar à distância é muito limitante, parece que falta alguma coisa...e com certeza é a “interação” com o aluno, o olho no olho, o chegar perto, o observar, poder explicar várias vezes a mesma coisa e por vários dias, poder conversar e saber se ele conseguiu entender ou não...Aprendi que o carinho e o afeto que temos juntos no dia-a-dia faz toda a diferença e faz muita falta.

(* resposta opcional)


Quero agradecer a participação da professora Luciana neste trabalho sobre a alfabetização em meio à pandemia.

Uma grande abraço!