sexta-feira, 10 de julho de 2020

COMO AS ESCOLAS ESTÃO DISTRIBUINDO A MERENDA ESCOLAR?


ENTREVISTA 02


Hoje trago para vocês a entrevista que fiz com a gestora de uma escola de Viamão, na região Metropolitana de Porto Alegre/RS.

ENTREVISTA COM GISLAINE BORBA RAMOS SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS DA MERENDA ESCOLAR PARA AS FAMÍLIAS NECESSITADAS:

Ce: Qual seu nome, cargo e escola?
R: Gislaine Borba Ramos, diretora na EMEF Professor Barreto Viana (Viamão/RS)

Ce: Qual o perfil social médio (ou predominante) dos estudantes da escola?
R: A escola fica localizado num bairro próximo ao centro da cidade. Tem moradores com condições sociais bem diversificadas. O bairro tem casas de construtoras com financiamentos mas tem também uma boa parte de invasões de áreas verdes, que não tem saneamento.

Ce: Quantas famílias estavam inicialmente previstas para serem atendidas na distribuição da merenda escolar?
R: Desde o início da aprovação desse projeto, a secretaria de educação do município especificou que seria um kit de alimentação por aluno matriculado. No caso da escola, eram 293 alunos matriculados, no boletim estatístico de final de fevereiro. Com a atualização do boletim de março, foram para 303 alunos matriculados.

Ce: Conte um pouco como foi o desafio da primeira entrega.
R: Até agora foi realizada apenas uma entrega, com itens correspondendo aos meses de abril e maio. A secretaria de educação fez a entrega com antecedência e cada escola teve a autonomia de organizar de acordo com a realidade da sua comunidade esta entrega.
    O contato com as famílias se deu pelo Facebook da escola e grupos de WhatsApp das turmas, que já estavam em funcionamento. Fizemos cronograma por turmas e turnos para que não houvesse aglomeração. A entrega foi bem tranquila. Durou 3 dias. Alguns pais que não puderem ir nos dias determinados, abrimos a escola por mais 3 dias, em horários agendados para atender a demanda.

Ce: Qual foi a maior dificuldade enfrentada na distribuição da merenda escolar desde que a lei 13.987/2020 foi sancionada?
R: Acredito que a maior dificuldade, naquele momento, era um medo de contágio, mesmo usando todos os itens previstos para a prevenção, ainda assim, tanto os profissionais quanto as famílias ficavam preocupadas.

Ce: Foi possível atender a todas as famílias beneficiárias?
R: Sim, todas os kits de alimentação forem entregues. Com exceção de 9 famílias que já haviam se mudado do município, mas ainda não tinham efetivado a transferência de seus filhos.

Ce: Houve famílias não localizadas? Em caso afirmativo, como foi feita a distribuição dos alimentos que sobraram?
R: Como foram apenas 9 kits de alimentação, ficaram armazenados na escola, aguardando para serem somadas na próxima entrega.

Ce: Que aprendizado a equipe escolar está tendo com essa experiência?
R: Esse período de quarentena não tem sido fácil e, cada vez mais, é possível perceber a importância da alimentação escolar como política pública fundamental para o bom desempenho dos alunos na escola. Nesse período, há muitos relatos das famílias sobre as dificuldades pelos quais estão passando. Acredito que o aprendizado maior é ter a oportunidade de compreender e reavaliar o papel social da escola em cada comunidade. No retorno às atividades, esse modelo de escola tradicional que temos certamente não dará mais conta da nova realidade. Precisamos avançar em projetos .


Quero agradecer a participação da diretora Gislaine Borba Ramos neste trabalho de divulgação de boas práticas das equipes escolares frente à pandemia.

Uma grande abraço!

2 comentários:

  1. Excelente trabalho realizado! Planejado e executado! Muito claro, ficou!

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  2. Gratidão!
    Fico muito feliz com seu comentário.
    Eu não consigo lhe identificar. Quem é você?

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