terça-feira, 14 de abril de 2020

TEMPO DE MUDANÇA DE PARADIGMAS



Eu tenho acompanhado alguns canais no Youtube sobre mudança de paradigmas. Seus autores são unânimes: ninguém vai sair dessa quarentena igual entrou, todas as pessoas, de certa forma, vão mudar, pois o mundo já não é mais o mesmo de dois meses atrás.

Se o mundo e as pessoas já não são mais as mesmas, os processos educacionais também não são. Até mesmo instituições que já atuavam com EAD tiveram que se reformular. Inclusive o sentido da educação formal já está sendo discutido.

Por que aprender este ou aquele conteúdo? Qual sua aplicação na “vida real”? Qual a sua relevância nessa nova sociedade que está se formando?

Eu mesma me questiono isso todos os dias.

Esse é o momento de refletir as práticas. Diagnosticar, junto à equipe docente, as principais habilidades, forças e fraquezas de cada um dos estudantes e elaborar, de forma interdisciplinar, instrumentos de avaliação que contemplem o desenvolvimento dos alunos de maneira global pode ser muito favorável neste momento.

Quem sabe propor, aos estudantes, atividades que lhes mostrem que o conhecimento humano não está dividido em matérias, mesmo sendo acompanhados por professores de diferentes disciplinas? Permitir-lhes  compreender que uma área do conhecimento complementa a outra, que todos os docentes estão engajados no sucesso escolar dos alunos e que o estudo é algo prazeroso.

Que tal os docentes, em equipe, elaborarem atividades nas quais os estudantes, a partir de problemas reais (da escola, do bairro, da cidade, etc), possam propor soluções práticas utilizando elementos das diferentes disciplinas? Por exemplo: bulling na escola (ciências: impactos no organismo, matemática: estatísticas brasileiras, inglês: origem da palavra, história: exemplos de discriminação em diferentes tempos, português: elaboração textual, etc). Estimular os estudantes a se posicionarem ativamente na sociedade em que vivem, serem participativos e críticos.

Tem muita coisa que pode (e deve) ser reconsiderada na educação. Quantas instituições de ensino adotam um modelo de trabalho efetivamente em equipe entre seus colaboradores? E nem estendo a todos os colaboradores. Em quantas instituições a interdisciplinaridade é de fato aplicada em vez de uma mera divisão de atividade entre os professores?

Talvez o mundo esteja nos dando a chance de ficarmos em casa e repensarmos que tipo de sociedade queremos ter, que tipo de cidadão pretendemos formar nesta nova sociedade.

Um forte abraço!

3 comentários:

  1. Essa mudança de paradigmas tem que ser, acredito, buscar melhorar muito nossa vida, o dia a dia e também o futuro. Precisamos aprender e ensinar a sermos seres cooperativos de tal forma que possamos transformar nosso Planeta em um lugar menos tóxico para vivermos. A Educação é a alma desse projeto de novas possibilidades para nossas vidas.

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    1. Gratidão pela tua colaboração, Greice! De fato, vivemos em um tempo em que ser colaborativo é o grande diferencial. Forte abraço!

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