TEMPO DE MUDANÇA DE PARADIGMAS
Eu tenho acompanhado alguns
canais no Youtube sobre mudança de paradigmas. Seus autores são unânimes:
ninguém vai sair dessa quarentena igual entrou, todas as pessoas, de certa
forma, vão mudar, pois o mundo já não é mais o mesmo de dois meses atrás.
Se o mundo e as pessoas já não
são mais as mesmas, os processos educacionais também não são. Até mesmo
instituições que já atuavam com EAD tiveram que se reformular. Inclusive o
sentido da educação formal já está sendo discutido.
Por que aprender este ou aquele
conteúdo? Qual sua aplicação na “vida real”? Qual a sua relevância nessa nova
sociedade que está se formando?
Eu mesma me questiono isso todos
os dias.
Esse é o momento de refletir as
práticas. Diagnosticar, junto à equipe docente, as principais habilidades,
forças e fraquezas de cada um dos estudantes e elaborar, de forma
interdisciplinar, instrumentos de avaliação que contemplem o desenvolvimento
dos alunos de maneira global pode ser muito favorável neste momento.
Quem sabe propor, aos estudantes,
atividades que lhes mostrem que o conhecimento humano não está dividido em
matérias, mesmo sendo acompanhados por professores de diferentes disciplinas? Permitir-lhes compreender que uma área do conhecimento
complementa a outra, que todos os docentes estão engajados no sucesso escolar
dos alunos e que o estudo é algo prazeroso.
Que tal os docentes, em equipe, elaborarem
atividades nas quais os estudantes, a partir de problemas reais (da escola, do
bairro, da cidade, etc), possam propor soluções práticas utilizando elementos
das diferentes disciplinas? Por exemplo: bulling na escola (ciências: impactos
no organismo, matemática: estatísticas brasileiras, inglês: origem da palavra,
história: exemplos de discriminação em diferentes tempos, português: elaboração
textual, etc). Estimular os estudantes a se posicionarem ativamente na
sociedade em que vivem, serem participativos e críticos.
Tem muita coisa que pode (e deve)
ser reconsiderada na educação. Quantas instituições de ensino adotam um modelo
de trabalho efetivamente em equipe entre seus colaboradores? E nem estendo
a todos os colaboradores. Em quantas instituições a interdisciplinaridade é de
fato aplicada em vez de uma mera divisão de atividade entre os
professores?
Talvez o mundo esteja nos dando a
chance de ficarmos em casa e repensarmos que tipo de sociedade queremos ter,
que tipo de cidadão pretendemos formar nesta nova sociedade.
Um forte abraço!
Essa mudança de paradigmas tem que ser, acredito, buscar melhorar muito nossa vida, o dia a dia e também o futuro. Precisamos aprender e ensinar a sermos seres cooperativos de tal forma que possamos transformar nosso Planeta em um lugar menos tóxico para vivermos. A Educação é a alma desse projeto de novas possibilidades para nossas vidas.
ResponderEliminarGratidão pela tua colaboração, Greice! De fato, vivemos em um tempo em que ser colaborativo é o grande diferencial. Forte abraço!
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